A forma como o alimento é processado pela boca faz toda a diferença na balança. O abrir e fechar da boca é responsável pela quebra de certos nutrientes em partículas menores e, logo, mais fáceis de ser trabalhadas pelo restante do sistema digestivo. Porém, seja pelo costume ou pela enorme quantidade de tarefas do dia a dia, até as mordidas estão sendo automatizadas para abreviar o tempo à mesa. E essa pressa não é nada boa, inclusive para quem pretende manter o corpo em forma.
A contração dos músculos mandibulares serve de estímulo à liberação de substâncias responsáveis pela sensação de saciedade. Ou seja, mastigar o que você ingere por poucas vezes implica voracidade intensa e prolongada, o que costuma terminar em comida demais no estômago, aí a barriga cresce.
Mais do que quantidade de dentadas, a maneira como elas são distribuídas pode aplacar ou fomentar o apetite. O contato do bolo alimentar com toda a cavidade oral aparentemente é importante à saciedade. A mastigação nos dois lados da boca tem repercussão, por via nervosa, no hipotálamo, a área do cérebro que controla a fome. E estima-se que todos os mecanismos de regulação da fome só funcionem a pleno vapor após 15 minutos desde a primeira abocanhada. Durante essa fase, é essencial maneirar na quantidade de garfadas e mastigar muito bem!
Assim, pequenos ajustes no modo como você tritura refeições com os dentes podem se tornar grandes ajudantes da dieta e dos exercícios na manutenção do peso:
· Quantidade – Antes de engolir, abra e feche o maxilar por pelo menos 30 vezes em cada ida do talher aos lábios.
· Duração – Tenha calma. O intervalo entre uma garfada e outra deve ser de aproximadamente 20 segundos.
· Qualidade – Use a língua para dividir o alimento entre os dois cantos da boca. Ao longo da mastigação, reveze-os de lugar constantemente.
Fonte: Revista Saúde